Blog “Tudo Sobre Jogos”,
de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
JOGO
Jogo é toda e qualquer atividade em que exista a figura do jogador (como
indivíduo praticante do jogo) e para ele, são criadas as regras que podem ser
para ambiente restrito ou livre. Geralmente os jogos têm poucas regras e estas
tendem a ser simples, sua presença é importante em vários aspectos, entre eles
a regra define o inicio e fim do jogo. Pode envolver dois ou mais jogando entre
si como adversários ou cooperativamente com grupos de adversários. É importante
que um jogo tenha Adversários interagindo e como resultado de interação exista
um vencedor e um perdedor. Jogos são atividades estruturadas, praticadas com
fins recreativos e em alguns casos fazem parte de instrumentos educacionais,
onde são usados jogos para passar uma mensagem ao jogadores (vencedores e
perdedores). São distintos do trabalho que visa remuneração e da arte que está
associado à expressão de idéias. Esta separação é sempre precisa, porém, há
jogos praticados por remuneração e outros associados à expressão de idéias e
emoções. Jogos geralmente envolvem estimulação mental ou física e muitas vezes
ambos. Muitos deles ajudam a desenvolver habilidades práticas, servem como uma
forma de exercício ou realizam um papel educativo, simulação ou psicológica.
Jogos são disputados contra adversários, o que os diferencia de competições, o
adversário pode ser outro jogador ou uma simulação que interage com o jogador
(no caso de jogos digitais).
Em resumo os jogos possuem
certo numero de características comuns que permite que sejam classificados como
elementos de um jogo:
· Jogador;
· Adversário;
· Interatividade;
· Deve Existir Regras;
· Deve Existir Objetivo;
· Condições de Vitória e Derrota;
· Ser uma Forma de Entretenimento.
Em todo caso é importante
dizer que alguns autores diferem em relação a estes elementos.
Ao longo dos anos surgiram
várias tentativas de dizer o que é um jogo, estas são diferentes entre elas:
De acordo com Chris
Crawford, a exigência de interação entre jogadores coloca atividades como
"quebra-cabeças" e "jogos de paciência" na categoria dos
quebra-cabeças ao invés de jogos. Isso ocorre porque não há adversário.
LUDWIG WITTGENSTEIN
Ludwig Wittgenstein foi provavelmente o
primeiro filósofo acadêmico a tentar criar uma definição para jogo.[1] Ao
analisar o processo de formação da racionalidade em seu texto Investigações
Filosóficas, cria o termo "jogos de linguagem" e demonstra que as
definições de jogo a partir de características como entretenimento, regras e
competição são incompletas e inadequadas. Argumenta ainda que os jogos não
podem ser agrupados por uma única definição, mas apresentam um conjunto de
características que são compartilháveis dentre as definições possíveis.
JOHAN HUIZINGA
O filósofo Huizinga,
em 1938, escreveu
seu livro Homo Ludens, no qual argumenta que o jogo é uma
categoria absolutamente primária da vida, tão essencial quando o raciocínio
(Homo sapiens) e a fabricação de objetos (Homo
faber), então a denominação Homo ludens, quer dizer que o elemento
lúdico está na base
do surgimento e desenvolvimento da civilização.
Huizinga define jogo como:
"uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites
de tempo e espaço,
segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado
de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão
e alegria e de
uma consciência de ser diferente de vida cotidiana."
ROGER CAILLOIS
Competição ("agôn")
Sorte (alea)
Simulação (mimicry)
Vertigem (ilinx)
Quanto ao grau de disciplina
os jogos são classificados: Numa abordagem mais primitiva, espontânea ou
orgânica (Paidia), deusa do divertimento e do prazer ou; numa mais regrada,
estandardizada e burocrática (Ludus) deus do jogo e da ordem.
OUTRAS DEFINIÇÕES
· "Um jogo é um sistema no qual os jogadores envolvem-se em um
conflito artificial, definida por regras, que determina um resultado
quantificável". (Katie Salen e Eric Zimmerman)
· "Um jogo é uma forma de arte na qual os participantes, denominado
jogadores, tomar decisões, a fim de gerir os recursos através de elementos de
jogo na busca de um objetivo." (Greg Costikyan)
· "Um jogo é uma atividade entre dois ou mais tomadores de decisão
independentes que procuram atingir os seus objetivos em um contexto de
limitação." (Clark C. Abt)
· "Em seu nível mais elementar, então podemos definir jogo como um
exercício de sistemas de controle voluntário em que há uma oposição entre
forças, confinados por um procedimento e as regras a fim de produzir um
resultado de desequilíbrio". (Elliot Avedon e Brian Sutton-Smith)
· Em Inteligência Artificial, um jogo é um modelo teórico de conflitos de
interesse (decisões possíveis, resultados possíveis) entre dois ou mais agentes
que tem motivações conflitantes.
ORIGEM
A arqueologia registra a
presença de competições e jogos desde 2600 a.C. Os jogos são elementos
universais em todas as culturas humanas. O jogo
Real de Ur, Senet,[4] e Mancala[5] são
alguns dos mais antigos exemplares. O jogo
do tavolado é o mais antigo jogo ao qual há referência, em Portugal.
Os jogos de tabuleiro,
especificamente, foram inventados e jogados em quase todas as partes do mundo.
Somente entre os aborígenes australianos e os esquimós não
se encontraram jogos de tabuleiro.[6]
Desde o século X aC. os jogos
de cartas tem fascinado a humanidade. Desde as simples tiras de papel nascidas
no oriente as cartas que se tornaram conhecidas na Europa a partir do século
XVI, as cartas se tornaram um fenômeno universal.[7]
O jogo da Trilha
já é um jogo bem mais recente. Surgiu em 1400 dC.[8]
ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÕES
Os principais elementos
utilizados na categorização dos jogos são: ferramentas e regras. Estes
elementos definem a categorização de cada jogo em: jogos de perícia, jogos de
estratégia ou jogos de azar.
FERRAMENTAS
São os materiais utilizados
durante o jogo e podem incluir: miniaturas, a bolas, cartas, tabuleiros e
peças, jogo eletrônico ou computador.
REGRAS
As regras de um jogo são os
elementos que definem sua coerência e estrutura. Apesar de um mesmo jogo poder
ser praticado com variações, determinadas mudanças em um padrão de regras podem
dar origem a novos jogos. Ex. Futebol e Futsal; voleibol e voleibol
de praia; etc As regras de um jogo determinam a sequência de turnos, os
direitos e obrigações de cada jogador além dos objetivos a serem alcançados.
PERÍCIA, ESTRATÉGIA E SORTE
As ferramentas de um jogo
aliadas as suas regras irão determinar a classificação de um jogo entre: jogos de perícia, jogos de estratégia. Jogos de perícia podem
exigir habilidades físicas como as artes
marciais, o cabo de guerra ou habilidades mentais como xadrez ou damas. Jogos de
estratégia exigem basicamente um bom raciocinio lógico de seus participantes.
Algumas pessoas classificam jogos de azar como jogos também. Jogos de azar são
aqueles em que a vitória e determinada basicamente por elementos aleatórios.
Ex: Bingo, roleta, etc. Porém não possuem todos os requisitos mencionados
anteriormente. Grande parte dos jogos podem conter mais de um destes elementos.
Esportes coletivos como volei e futebol envolvem tanto habilidades físicas
quanto estratégia. Banco Imobiliário e Poquer depende de estratégia e sorte.
Muitos jogos de cartas colecionaveis e jogos
de tabuleiros utilizam combinações dos três.
TIPOS DE JOGOS
Os jogos podem ter uma
variedade de formas, de esportes competitivos, a jogos de tabuleiro e jogos de
vídeo.
JOGOS DE MESA
Um jogo de mesa geralmente se
refere a qualquer jogo em que os elementos do jogo estão confinados a uma área
pequena e que exigem pouco esforço físico, geralmente a simples colocação,
pegar e mover as peças do jogo. A maioria destes jogos são, assim, jogados numa
mesa em torno da qual os jogadores estão sentados e em que os elementos do jogo
estão localizados. Uma grande variedade de tipos de jogos importantes
geralmente caem sob o título de jogos de mesa. É interessante notar que muitos
jogos que se inserem nesta categoria, especialmente jogos de festa, são de
forma mais livre no seu modo de jogar e podem envolver atividade física, como
mímica; no entanto, a premissa básica ainda é que o jogo não exige uma grande
área na qual jogá-lo, grandes quantidades de força ou resistência, ou outros
equipamentos especializados dos que já vem na caixa (jogos, por vezes, exigem
materiais adicionais, tais como lápis e papel que são fáceis de obter). O pega-varetas,
o tangram, o jogo de
damas e o kono
são exemplos de jogos de mesa.[9]
JOGOS DE CANETA E PAPEL
Jogos de lápis e papel
requerem pouco ou nenhum equipamento especializado que não seja material de
escrita, apesar de alguns desses jogos serem comercializados como jogos de
tabuleiro ( Scrabble,
por exemplo, baseia-se na idéia das Palavras
cruzadas e conjuntos do jogo da velha com uma grade reticulada e peças estão
disponíveis comercialmente). Estes jogos variam muito, desde jogos centrados no
formato que está sendo desenhada como "ligue os pontos" e corrida de vetores[10]
a jogos de quebra-cabeça de lógica, como Sudoku .
JOGOS DE CARTAS
Jogos de cartas usam um ou
mais baralhos de cartas como a sua ferramenta central. As cartas podem ser um baralho padrão de 52 cartas (como usado no bridge, no pôquer, buraco,
etc), uma baralho regional com 32, 36 ou 40 cartas com diferentes desenhos para
os naipes (como para o popular Baralho espanhol), o baralho de Tarot
de 78 cartas (usado na Europa para jogar uma variedade de jogos de truques
conhecidos coletivamente como Tarot ou jogos Tarocchi), ou um baralho
específico para um jogo individual.
O Uno é um
exemplo de jogo que era originalmente jogado com um baralho e foi
comercializado com um baralho personalizado. Alguns jogos de cartas
colecionáveis, como Magic: The Gathering
são jogados com uma pequena seleção de cartas que foram recolhidos ou comprados
individualmente a partir de grandes conjuntos disponíveis.
JOGOS DE DADOS
Jogos de dados utilizam uma
série de dados como
seu elemento central. Jogos de tabuleiro costumam usar dados como um elemento
de randomização e, assim, cada lançamento de dados tem um impacto profundo
sobre o resultado do jogo. No entanto jogos de dados são diferenciados pelo
fato que os dados não determinam o sucesso ou fracasso de algum outro elemento
do jogo, pois eles são em vez disso, o indicador central da posição da pessoa
no jogo. Jogos populares de dados incluem o Yahtzee
(ou General), Dado de
Ouro, Craps e Dados de poker entre outros.
Como dados são, por sua própria natureza, concebidos para produzir números aparentemente
aleatórios, esses jogos envolvem geralmente um elevado grau de sorte, que
pode ser dirigido, em certa medida, pelo jogador através de elementos mais
estratégicos do jogo e por meio de princípios da teoria da probabilidade. Esses jogos são
assim populares como jogos de azar. O jogo de Craps é talvez o exemplo mais
famoso, embora os dados de pôquer tenham também sido originalmente concebidos
como jogos de azar.
JOGOS DE TABULEIRO
Jogos de tabuleiro usam como
uma ferramenta central um tabuleiro em que o status dos jogadores, recursos e
progresso do jogo são rastreados usando componentes físicos. Muitos também
envolvem dados e/ou cartas. A maioria dos jogos que simulam guerra são jogos de
tabuleiro (embora um grande número de jogos de vídeo tenham sido criados para
simular combate estratégico), e o tabuleiro pode ser um mapa em que se movem as
unidades dos jogadores. Praticamente todos os jogos de tabuleiro envolvem gogos
"baseados em turnos"; um jogador traça sua estratégia e, em seguida,
faz um movimento, então o próximo jogador faz o mesmo, e um jogador só pode
agir em seu turno. Isto é o oposto ao jogo em tempo real como é encontrado em
alguns jogos de cartas, a maioria dos esportes e a maioria dos jogos de vídeo.
Alguns jogos, como xadrez e Go, são inteiramente
determinísticos, contando apenas com o elemento de estratégia para ser interessante.
Jogos para crianças, por outro lado, tendem a ser muito baseados na sorte, com
jogos como "corrida de cavalos" praticamente sem nenhuma decisão a
ser tomada.
ÁREAS DE INTERESSE
Os jogos costumam ser
estudados por quatro áreas do conhecimento humano:
O sociológico
– estuda os efeitos dos jogos sobre as pessoas (aprendizado, desenvolvimento
cognitivo, agressividade, etc).
O tecnológico
– estuda os elementos que compõe os jogos e sua utilização. Analisa sua
utilização como vetores de inovações tecnológicas. É também o campo de estudo e
trabalho dos Designer de jogos.
O comercial
- analisa a criação, evolução e a comercialização dos jogos.
VER TAMBÉM
REFERÊNCIAS
3.
↑ Caillois, Roger. Estratégia (em português). Página visitada em 21 de fevereiro
de 2012.
4.
↑ Zatz, Sílvia. Uma Peça a Mais: A magia
dos jogos de tabuleiro (em português). São
Paulo: Cia das Letras, 2005. 135 p. p. 129-131. ISBN
85-359-0658-4
5.
↑ Bell, R. C. Board and Table Games from
Many Civilizations (em inglês). Nova
Iorque: Dover Publications, 1979. Capítulo: Mancala Games, 208
p. p. 113-124. 2 vol. vol. 1. ISBN
0-486-23855-5
6.
↑ Bell, R. C. The Boardgame Book (em inglês). Nova Iorque: Exeter Books,
1983. 160 p. p. 10. ISBN
0-671-06030-9
7.
↑ Seabra, Mário. Jogos de Cartas. São Paulo: Abril,
1978.
10.
↑ Angiolino, Andrea. Super Sharp - Pencil
& Paper Games (em inglês). Nova
Iorque: Sterling Publishing Co., 1995. 96 p. p. 41-45. ISBN
0-8069-3884-6
11.
↑ Philebus. Tarocchi: Introducing the Card
Games for Tarot (em inglês). [S.l.: s.n.],
2009. 226 p. ISBN
978-1-44860972-7
13.
↑ Dunnigan, James F. Wargames Handbook,
Third Edition: How to Play and Design Commercial and Professional Wargames (em inglês). 3 ed. San Jose: Writers
Club Press, 2000. Capítulo: Appendix, 417 p. ISBN
0-595-15546-4
BIBLIOGRAFIA
· Editora Abril. Os
Melhores Jogos do Mundo (em português). São
Paulo: Editora Abril, 1978.
· Fullerton, Tracy;
Swain, Christopher; Hoffman, Steven. Game Design Workshop: Designing,
Prototyping, and Playtesting Games. Berkley: CMP
Books, 2004. ISBN
1578202221